segunda-feira, 21 de setembro de 2009

INSTITUTO FEIJÓ ACRE E INSTITUTO DOM MOACIR















O Instituto Feijó-Acre IFA em parceria com o Instituto Dom Moacir, deram inicio ao curso de informática básica direcionada aos jovens de baixa renda do município, este curso só e possível pela assinatura de um acordo de Cooperação pelo presidente do Instituto Dom Moacyr, Irailton Lima e o presidente do Instituto Feijó Acre, Antonio Jarbas da Silvara Dourado. Que tem por objeto a realização de ações conjuntas destinadas à implantação e execução de 6 turmas do Curso de Informática Básica para inclusão no mercado de trabalho no setor de serviços de 120 jovens e trabalhadores, inscritos no CAD Único, do município de Feijó. A previsão de conclusão dessas turmas será dia 31.12.2009.

domingo, 20 de setembro de 2009

Os prejuízos que uma gravidez precoce causa aos jovens


Carlos Portela
Adolescência. Fase de descoberta do mundo, dos grupos de amigos, da vida social e, sobretudo, sexual. Porém, atos inconseqüentes podem gerar uma gravidez precoce e indesejada que interrompa, na adolescente, esse processo de descoberta. Estatísticas mostram que 80% das adolescentes que engravidam não voltam mais para a escola.

"Com a gravidez precoce as jovens abandonam ou interrompem seu projeto de vida, contudo elas acabam tendo que transferir a responsabilidade de criação da criança para os avós, para tentar voltar à vida cotidiana de estudo e tentar o trabalho, ou se entregarem à prostituição e/ou ao vício em suas várias formas”.

Essa realidade acontece em todas as classes sociais, mas a incidência é maior e mais grave nas populações mais carentes devido ao baixo nível de informação e a dificuldade de acesso aos métodos contraceptivos. São vários os fatores que contribuem para o aumento da gravidez precoce, como a ausência de alternativas de lazer, a desagregação familiar, a desinformação sobre o tema, a falta de um projeto, com mais eficácia, de orientação sexual nas escolas e na família. Outro fator decisivo é a erotização cada vez mais presente na vida dos adolescentes, através da mídia.

Em 53,7% das famílias acreanas com filhos de até seis anos de idade, vive-se com menos de meio salário mínimo per capita, ou seja: abaixo da linha da pobreza. Em números absolutos, a percentagem representa 40 mil famílias nessa situação, o nosso estado aparece com a terceira pior distribuição de renda do ranking nacional. Como se não bastasse, mais de 80% dos domicílios acreanos pertencentes a famílias que vivem com até meio salário mínimo per capita.

Com estes índices alarmantes divulgados pelo (IBGE).
É sabido que proibir o sexo não é a melhor maneira de prevenir a gravidez precoce, há formas mais eficaz de evitar a maternidade na adolescência. Dois aspectos precisam ser levados em conta: a questão da auto-estima e o estabelecimento de um projeto de vida. "Se uma adolescente tem a auto-estima elevada ela cria mecanismos para gostar de si mesmos, portanto, qualquer coisa que venha prejudicá-la não a despertará interesse. Diferentemente da baixa auto-estima, que pode trazer interferência na realização de um projeto de vida que estabeleça o melhor momento para ser, ou não, mãe".

“Precisamos contar com uns trabalhos totalmente profissionais onde psicólogos, educadores, pedagogos, assistentes sociais e, sobretudo, a escola e a família, estejam envolvidos no processo de educação” O jovem passa por três fases.

A primeira é no seio familiar, até oito anos de idade, onde a criança "deve" receber todas as informações que irão contribuir para sua formação. Dos nove aos 15 anos, a maior carga de informação vem do convívio escolar. E, por último, dos 16 anos acima, as informações vêm das suas "tribos" ou grupos, sejam eles de amizade, religiosos, trabalho, etc.

"Não devemos tapar os olhos. A prática sexual na adolescência já é algo comum. Só não vê quem não deseja encarar o fato de frente. Precisamos trabalhar juntos para que nossos jovens tenham firmeza nas instruções dos pais e passem a ter projetos de vida", E que mesmo passando por várias situações extremamente confusas, o jovem deve sempre ter a família como principal ponto de apoio.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Pesquisa revela o aumento da violência em 41% entre jovens e pobres

Do clipping da Andi

O aumento das redes de tráfico de drogas, a ineficácia das políticas públicas, a impunidade e a fragmentação das relações familiares contribuíram para o aumento da violência no Brasil, especialmente dos homicídios nos últimos anos. Segundo o estudo, numa taxa de 100 mil habitantes, cerca de 56 jovens do sexo masculino, pobres e na faixa etária entre 15 e 29 anos, em 2000, eram assassinados no Ceará. Em 2005, esse número pulou para 79,7. Um aumento de 41,1%. Esses jovens são, ao mesmo tempo, as principais vítimas e os principais agentes da situação que afeta a sociedade de modo geral. A análise faz parte do levantamento "Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil", divulgado ontem (02) pelo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar das altas taxas, o Ceará não é o estado que se encontra em pior situação. Pernambuco, por exemplo, lidera o triste ranking nacional, com 206,2 mortes por 100 mil habitantes. Outros estados nordestinos, como o Piauí, Rio Grande do Norte e Maranhão estão em melhor posição. A Bahia registrou o maior aumento do período, saindo de 30,1 para 75,1. De acordo com a coordenadora do levantamento, Sílvia Bragmam, no que se refere à redução da violência letal contra os jovens, o principal estado a ser citado é São Paulo, cuja taxa de óbitos por homicídios reduziu, em um período de cinco anos para menos da metade: de 168,5 assassinatos para 75,6, por 100 mil jovens. Essa redução drástica das taxas de homicídios em São Paulo, pode ter relação com a intensificação do debate sobre segurança pública, no final da década de 1990. Essa discussão, afirma Sílvia, resultou em desdobramentos importantes, como a fundação do Instituto São Paulo contra a Violência, em fins de 1997, órgão ligado à sociedade civil; a criação do Fórum Metropolitano de Segurança Pública; assim como a adoção de várias medidas de segurança pública.

O levantamento alerta para a importância de implementação de ações e atitudes práticas, por parte da sociedade civil brasileira e autoridades públicas nacional, estadual e municipal. Para os especialistas faltam investimentos públicos. Na avaliação do professor Geovane Jacó, membro do Laboratório de Estudos da Violência (LEV), da Universidade Federal do Ceará (UFC), é fundamental a criação de políticas públicas para coibir o avanço da violência, principalmente entre os jovens da periferia. Outro ponto fundamental é a prevenção primária à violência, observando padrões, fatores de risco e causas, e a partir daí desenhar e avaliar intervenções e implantar programas locais efetivos; desenvolver pesquisas e programas, com o envolvimento de instituições governamentais juntamente com a iniciativa privada; implementar políticas de melhor distribuição de renda e acesso ao emprego; e estimular políticas educacionais voltadas para o esclarecimento da população e para a valorização do cidadão.

Diário do Nordeste (CE) – 03/09/2009