O governo federal promete se lançar ao desafio de atrair adolescentes, que poderiam ser cooptados por traficantes de droga nas grandes cidades, para uma frente de combate ao vício entre a juventude. Esta é a meta traçada pelo Programa Saúde na Escola para 2011, segundo adiantou Maria de Fátima Simas Malheiros, representante da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação.
- É preciso fortalecer a participação do jovem na prevenção ao uso de drogas no espaço escolar. Vamos trabalhar esse protagonismo juvenil na área este ano para que eles possam tratar do assunto entre si - defendeu a técnica, nesta quinta-feira (7), durante audiência pública da Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, "Crack" e Outras Drogas.
De acordo com Maria de Fátima Malheiros, o Programa Saúde na Escola - viabilizado por técnicos dos Ministérios da Saúde e da Educação - está presente em 2.572 municípios brasileiros. A formação de jovens como disseminadores da prevenção ao uso de entorpecentes dispõe, conforme ressaltou, de um kit informativo composto por oito revistas.
Proteção social
O entendimento de que o ambiente escolar é um local de proteção social permeia o Programa Saúde na Escola. Quem assinalou esse viés foi a técnica Marta Klumb Oliveira Rabelo, que também participou do debate na Subcomissão, como representante do Ministério da Educação. Em sua avaliação, é fundamental envolver os pais, professores e a comunidade nessa parceria e garantir a permanência das crianças e adolescentes por mais tempo na escola, com a oferta de atividades culturais, esportivas e de lazer.
O oferecimento de atividades educacionais e lúdicas paralelas ao ensino regular foi defendido ainda pela secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Denise Colin. Apesar de reconhecer sua implementação como uma responsabilidade do Estado, a viabilidade do Plano de Enfrentamento ao Crack e a Outras Drogas dependeria também, conforme assinalou, do envolvimento da sociedade civil.
De acordo com Juliana Maria Fernandes Pereira, que representou, na audiência, o secretário-executivo do MDS, Rômulo Paes de Sousa, o foco do plano é fortalecer os vínculos familiares e comunitários no enfrentamento do problema. Para se alcançar essa meta, salientou em seguida, é preciso uma atuação integral e articulada entre as áreas da saúde e da assistência social.
Atualmente, o país conta com mais de sete mil Centros de Referência de Assistência Social (CRAs) na política de proteção básica, calcada justamente na prevenção de riscos por meio, entre outros, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
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